A Fórmula da Felicidade

A felicidade é um conceito subjectivo, pois cada um de nós terá a sua noção do que é ser feliz. Contudo, existem factores que normalmente entram na “fórmula” de todos: ter saúde, amigos, companheiro, realização profissional, filhos, emprego, dinheiro, etc.. Será então possível medir a felicidade? Um estudo inédito realizado pela Millward Brown, empresa de pesquisa presente em 43 países, para a Coca-Cola Company concluiu que sim. Isto porque chegou à conclusão que as pessoas mais felizes possuem companhia, vivem em família, sem preocupações económicas e são jovens adultos. O estudo teve como objectivo medir a felicidade junto da população residente em Espanha.

Dos inquiridos, cerca de 18,8% afirmam atingir o desejo universal de serem muito felizes e 33,9% dizem-se satisfeitos com o curso da vida. Apenas 5,7% e 1,3% revelam viver insatisfeitos ou muito insatisfeitos, respectivamente. Os jovens são mais felizes, pois os dados indicam que cerca de 26% das pessoas entre os 26 e 35 anos consideram-se muito felizes. O estudo teve em conta dimensões psicológicas e sociais, incluindo inúmeras variáveis que influenciam a felicidade como a família, saúde, trabalho, lazer, sexo, religião, entre outros. Para os inquiridos, a saúde, com 37% e o amor, com 32% são condições essenciais para se ser feliz. O dinheiro também tem o seu papel, 17% dos espanhóis considera que ter dinheiro é essencial para se ser feliz.

A importância do amor:
O estudo levado a cabo por 3 mil entrevistas a indivíduos entre os 16-65 anos de idade, em território espanhol, concluiu que a felicidade não tem género e que o facto de ter uma relação, é um claro indicador do nível de felicidade de uma pessoa. Cerca de 82,7% dos entrevistados que se declaram muito felizes têm par. No entanto, conta também a relação que se tem com a companheira/o. É mais feliz quem possui uma relação sólida e duradoura, que se diz satisfeito com a sua actividade sexual e o facto de ela ser regular. Os mais felizes afirmam que, com a idade, a qualidade das suas relações vão aumentando.




O estudo conclui ainda que é relevante partilhar a vida com alguém. Viver acompanhado torna as pessoas mais felizes, mas o contrário também se aplica. Ou seja, 14,5% dos que se declaram pouco felizes vivem sós. O facto de ser um meio rural ou urbano não influencia os índices de felicidade. Em Espanha, Catalunha, Aragão, Navarra e Extremadura figuram como as regiões com os índices mais elevados de felicidade. No extremo oposto, Astúrias, Madrid e Murcia estão abaixo da média.

O papel da infância, amigos, saúde, trabalho e lazer:
O apoio incondicional dos pais determina o bem-estar. Cerca de 89,7% dos inquiridos que se consideram muito felizes sabem que podem contar com os seus pais para qualquer circunstância. Os que consideram que os seus pais estiveram presentes na sua infância revelam-se mais felizes.
Ter amigos e ser sociável são outros factores da felicidade. Diz a análise que 81,3% dos que se dizem felizes consideram que tem facilidade de integração em qualquer grupo. A respeito da influência da saúde, cerca de 80% dos inquiridos muito felizes afirmam que têm boa saúde. Dos que se declaram pouco felizes, 44,2% são fumadores habituais.

O facto de realizar uma actividade física também se relaciona positivamente com a felicidade. 75,1% de quem é mais feliz afirmam-se satisfeitos com o seu aspecto físico. Existem 77,2% de inquiridos muito felizes que não mudariam nada no seu aspecto. Esta variável influencia mais a felicidade das mulheres do que dos homens.

O trabalho e as relações laborais também têm influência na felicidade: 76,5% das pessoas felizes tem uma boa percepção da empresa onde trabalham. Todos assumem que o reconhecimento profissional por parte dos chefes e companheiros é relevante para se ser feliz.

Quem é mais feliz tem como hábito ver televisão acompanhado, ouvir rádio ao ir para o trabalho, com amigos, no duche e ouvem música a praticar desporto. Entre as actividades praticadas por quem é mais feliz figuram ler livros, ir frequentemente ao cinema, teatro, museus, espectáculos de dança e eventos desportivos.

Fonte: Estudo da Millward Brown para a Coca-Cola
"Se você se sente infeliz sem razão, ou a atribui a essas razões tão pequenas, talvez seja porque você é feliz demais e não está conseguindo metabolizar sua felicidade. Algo como indigestão por excesso de felicidade. pense nisso e pare de reclamar da vida. Procure algum ideal, arte, filantropia e comece a ter que lutar por isso. Nunca mais precisará tomar Prozac".
DeRose, Tratado de Yôga, pág. 728

2 comentários:

Pena disse...

Eu sou feliz :) mesmo com os problemas que tenho! :)
A felicidade muitas vezes é uma questão de atitude!

Anónimo disse...

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